terça-feira, 9 de abril de 2013

CAPRIFEIRA: UM CONVITE DE “TROIA” EM SÃO PAULO DO POTENGI

Fora de tempo e até certo ponto humilhando os médios e pequenos pecuaristas do Rio Grande do Norte, vejo nas redes sociais um convite do governo do Estado, juntamente com a Secretaria de Agricultura, Pecuária/Pesca, a Prefeitura Municipal de São Paulo do Potengi e parceiros, conclamando a população para a solenidade oficial de abertura da XVI Exposição de Caprinos e Ovinos da Região.
Como pecuarista não vislumbro objetivos a serem alcançados onde a região sofre a maior seca dos últimos 50 anos. Certamente outros interesses se faz presente pelo montante a ser gasto em um evento com tal estrutura, apoio, organização, patrocínios, subsídios e dividendos. Ações, programas e projetos não foram oportunizados aos pecuaristas do Estado no inicio da estiagem e que hoje se encontram diante de um quadro desolador com perspectivas de perda total de seus rebanhos.

E-mail recebido de um pecuarista situado em Macaíba
 ... "Acho um absurdo o governo realizar uma caprifeira em São Paulo do Potengí enquanto nós criadores estamos fazendo das tripas coração para salvar nossos rebanhos. O governo não teve capacidade de resolver o problema do milho. Demorou na entrega e até hoje ninguém sabe quem é o responsável pelo cadastro dos criadores que seriam beneficiados com a compra do produto subsidiado. Não tem um plano para o plantio das palmas, mas, tem dinheiro para gastar numa caprifeira. Quanto custa um evento deste? Premiação, diárias de técnicos, estagiários, combustível e muito mais? Enquanto a menos de 35 km na cidade de Macaíba no distrito de Traíras um produtor já perdeu mais de 400 cabeças de gado nelore e qual a providencia o governo tomou? Qual a importância desta caprifeira”?! Pergunta e exclama o produtor.

Como repor os rebanhos em 2014
Esse é um assunto que interessa a todos os pecuaristas do nordeste. As previsões para o inicio de 2014, citam os percentuais de 20 e 10% que sobrevivem dos atuais rebanhos de bovinos e ovinos no Rio Grande do Norte. Para repor esses animais no menor espaço de tempo, vejo como opção um programa subsidiado pelo governo federal através de Inseminação Artificial onde as Universidades em cada Estado do Nordeste fariam a sua parte.  

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