domingo, 4 de agosto de 2013

EMENDAS FUNCIONAM COMO FERRAMENTA DA CORRUPÇÃO



Para cada caso uma senha: "Toma lá, dá cá" - Extratos da corrupção no Brasil
Por Dutra Assunção

As emendas funcionam dentro do sistema corrupto do país como se fossem Cartões de Crédito. Os depósitos seriam programados por minucioso estudo que priorizam interesses políticos de grupos, regiões por supostas lideranças. Uma estratégia que gera expectativa na população quanto a essas prioridades: extratos da corrupção.

O leitor aqui não precisa ser um cientista político para entender como a coisa funciona. O deputado(a) fulano de tal do partido majoritário e corrupto do sistema, madruga, ponteando regiões do seu Estado em um mapa sobre a mesa do gabinete, dando prioridade à análise política, com atenções especiais aos números, prós e contras dos últimos pleitos. O resultado está aí. Em todos os municípios apontados possuem obras inacabadas e desnecessárias.

Ante a estratégia da corrupção quando o governo anuncia, abertura dos cofres para liberação de R$ 6 bilhões em três parcelas até o final de 2013, parlamentares contemplados por critérios duvidosos já vislumbram, por interesses escusos as regiões e cidades a serem beneficiadas. Este fato ninguém pode contestar, funciona assim mesmo.

As injustiças, prioridades e inversão de valores são tão claras que sai na frente, o Secretário-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho afirmando que é possível destinar emendas para projetos que beneficiem a população e nega, o refrão popular: 'Toma lá, dá cá'. Reconhecido até por Ministro quando divulga que as tais emendas precisam ser “descriminalizadas” ou seja o Sistema reconhece que a válvula corrupta do segmento deve ser controlada..

DILMA DECIDE PAGAR EMENDAS A PRESTAÇÃO PARA ACALMAR BASE ALIADA.
Em defesa ao instrumento corruptivo, o governo reconhece e tenta explicar que é possível destinar emendas para projetos que beneficiem a população sem "essa visão rebaixada" de uma relação meramente "toma lá, dá cá ou fisiológica"! Talvez a concepção e criação das emendas tinham outros critérios, tipo, incorporar as emendas, trabalhar com os parlamentares para que emendas sejam destinadas a projetos que atendam efetivamente a população que estejam dentro do programa de governo. Na prática a realidade é outra bem conhecida pela população.

Verificamos que algumas obras, como creche, pontes e estradas são frutos de emendas, mas, não justifica obras eleitoreiras, momentâneas e sem prioridades. A população tem que fiscalizar o que ocorre com esse dinheiro que vai para emenda lá na ponta.

GOVERNO RECONHECE PRÁTICA CORRUPTA NO SEGMENTO
A presidente Dilma Rousseff fez uma reunião com ministros e pediu que eles fizessem uma lista dos principais projetos contidos nas emendas paradas em cada pasta. Embora a administração federal tenha anunciado corte adicional de R$ 10 bilhões no Orçamento para cumprir a meta fiscal e recuperar a confiança do mercado na política econômica, Dilma decidiu manter a reserva para pagar emendas. Na verdade renovou o ciclo da corrupção do sistema com a prática constante da era Lula: esteira, cutuca, empurra o boi pra cair na faixa!

São esses fatos que até o governo reconhece que leva a população  entender como uma "criminalização" por desvio de recursos e que os políticos são desonestos quando administram o dinheiro público. Esperamos que a discussão entre governo e Congresso quanto a projetos e emendas, seja a mais natural possível porque entendemos que elas devem ser consideradas  instrumentos adequados.

Infelizmente, em muitos casos não seriam os parlamentares os cidadãos adequados ou capacitados para articular essas ações. São evidentes o comportamento, a cultura e procedimentos que a maioria adotam pelas iniciativas eleitoreiras. Cabe a população definir os representantes que merecem.


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