segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

RASCUNHOS (IV) – NA MADRUGADA



 RASCUNHOS (IV) – NA MADRUGADA

Ao alvorecer,
Diante de todo o silencio
Lá fora os pássaros gorjeiam
Ao passo que em minhas lembranças vejo a sua imagem.
Lembro aquele primeiro instante que nos encontramos
Uma ansiedade disfarçada pela curiosidade de te ouvir,
De te conhecer.
Deliciosamente recordo o momento
Em que senti suas mãos acariciando e aquecendo as minhas;
Em que ao olhar nos teus olhos
Bateu um desejo de chegar mais próximo.

Recordo ainda, que por medo de está agindo por impulso
Evitei corresponder aquele gesto,
Uma vez que a vida me ensinou que o encantamento, a alegria, a lealdade,
Entre outros, são apenas fragmentos do amor.
E o amor para se consolidar
Requer mais paciência
E não necessariamente vínculos imediatos.
Na ocasião, como cúmplice o café exalava um cheiro
E uma temperatura que talvez propositadamente
Complementava o seu calor
o qual eu me recusava a ser receptivo.

Autor(a): Miosótis do Sertão
Santana do Matos  -  07/01/2013

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