terça-feira, 18 de dezembro de 2012

RASCUNHOS - NA SOLIDÃO

Flor Miosótis 
 RASCUNHOS (I) - NA SOLIDÃO  
Sinto um desejo incontrolável de estar com você
mesmo sem nunca ter estado.
Na vontade louca de ouvir a sua voz
chego a ouvi-la.
E nessa insana lucidez,
Constato que a lágrima
insiste em nos fazer companhia nessas horas.
E aí se instala o conflito.
Como sentir saudades do que ainda não se teve?
Saudades ...
de olhar nos teus olhos;
sentir as tuas mãos;
o teu cheiro;
o teu calor;
o teu abraço.
Saudades ...
daquela segurança e confiança
que me passavas quando conversávamos
mesmo que distantes.
Distante agora está o meu sorriso
com a separação do que nunca juntamos.


Autora: Miosótis do Sertão
Santana do Matos 18/12/2012

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