quarta-feira, 7 de setembro de 2011

SUPLENTE NÃO ASSUME POR FALTA DE QUÓRUM

Ausência de vereadores enfraquece sessão que fica sem qúorum para deliberações de suas responsabilidades

SANTANA DO MATOS
CRÔNICA

SUPLENTE NÃO ASSUME POR FALTA DE QUÓRUM
Por Dutra Assunção

          A manchete, no mínimo nos deixa curiosos e ao mesmo tempo em dúvida: To be or not to be, that’s the question,  A famosa frase "Ser ou não ser, eis a questão" do original em inglês - vem da peça, A tragédia de Hamlet, príncipe da Dinamarca de William Shakespeare. Sem dúvida alguma, é uma das mais famosas frases da literatura mundial. Sempre a copiamos utilizando a sentença para comparar, tentando entender o óbvio olulante como dizia Nelson Rodrigues para chamar à atenção por parábolas carregadas de conteúdo de multi-interesses. Os versos, citados pelo personagem principal Hamlet ou nossas modernas adaptações literárias transportam analogias culturais permanentes e muitas vezes carregadas de interpretações hilárias. Deixemos a literatura com a tragédia de Hamlet. 

[Tal qual tragédia shakesperiana, temos nossos contos, por enquanto engraçados. Com criatividade, juntemos a sensibilidade cultural do passado com as responsabilidades desgastadas e não assumidas pelos novos tribunos, faltosos, desmotivados talvez, pelo novo pano de fundo manchado pela corrupção do país]

          Vamos a um fato real. Em sessão da câmara municipal em Santana do Matos, dia 2 de setembro, uma situação inusitada e paradoxal deixou os vereadores presentes a sessão impotentes para o exercício das funções. Diante dos edis, um suplente cumprindo normas e regulamentos, aguardava na galeria da casa, todo formal e com boas intenções -  de terno e gravata como manda o figurino, o solene momento para assumir a vacância deixada por um correligionário licenciado por 30 dias. Expectativas frustradas, a sessão não tinha o número mínimo de legisladores presentes para quorum de deliberações de decisões, reza o estatuto da instituição. Tal e qual a manchete, o povo em geral e os próprios legisladores, talvez perguntem: Os fins justificam os meios? Não seria tão maquiavélico na política local inverter para: Os meios não justificam os fins? Ou, popularmente, o povão sertanejo, já politizado indaga: quem nasceu primeiro -  o ovo ou a galinha?! Meio sem graça a pergunta exclamativa. Mas, na câmara municipal de Santana do Matos em sessão ordinária, o fato, não foi um causo, foi notícia em foco.
          Tal qual tragédia shakesperiana, temos nossos contos engraçados. Com criatividade, juntemos a sensibilidade cultural do passado com as responsabilidades desgastadas e não assumidas pelos novos tribunos, faltosos e desmotivados pelo novo pano de fundo manchado pela corrupção do país.

Natal, 7/09/2011

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