quinta-feira, 11 de agosto de 2011

PACTO PELA FAUNA É DISCUTIDO NA CÂMARA MUNICIPAL

Desmatamento e caça predatória são crimes executados sem punição em Santana do Matos. Exemplos do dia a dia na zona rural: “caçadores que vêm até da capital, em trajes de guerrilheiros, com potentes espingardas de cartucho não respeitam as propriedades rurais, nem tão pouco, seus proprietários”, disse o pecuarista Dutra Assunção

Dutra utiliza a Tribuna Livre e fala
sobre o projeto  Pacto pela Fauna
Através das sessões, a Câmara Municipal de Santana do Matos  oportuniza aos cidadãos o espaço “Tribuna Livre”. Previamente inscritos, os participantes podem propor assuntos de interesse da população, que são submetidos à análise dos legisladores. Na sexta-feira dia 5 de agosto, ocupou esse espaço o pecuarista Dutra Assunção, que apresentou a campanha Pacto pela Fauna, promovida pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama/RN) e fez outras colocações.

O projeto, situado a nível nacional, toma dimensões mais abrangentes no Rio Grande do Norte quando o Ibama busca proprietários com o objetivo de cadastrar suas terras para soltura de animais silvestres, mediante regras estabelecidas pelo órgão. A cultura da criação em cativeiro de um grande número de espécies diferentes, tem feito o órgão resgatar muitos animais, que agora são devolvidos com segurança ao seu habitat natural. Na tribuna, Dutra Assunção, que também é editor do Jornal Cajarana, fez referências ao mensário, que já divulgou várias matérias sobre o assunto.

Desmatamento e caça predatória são crimes executados sem punição em Santana do Matos. Exemplos do dia a dia na zona rural: “caçadores que vêm até da capital, em trajes de guerrilheiros, com potentes espingardas de cartucho não respeitam as propriedades rurais, nem tão pouco, seus proprietários”, disse o pecuarista.  Detalhadamente citou os procedimentos dos criminosos: “chegam ao anoitecer, muitas vezes com o apoio e conivência de alguns moradores da região, soltam os arames farpados deixando espaço suficiente para passar nas cercas e deixam a passagem semi-aberta para uma possível volta por aquele local. Já virou necessidade e rotina, os proprietários nas segundas-feiras percorrerem toda a extensão de suas cercas para possíveis consertos”, disse o pecuarista.

Dutra também dirigiu-se aos vereadores: “Sabem os Senhores Vereadores e os aqui presentes, a quem responsabilizar em certos casos de animais andando nas pistas, colocando em risco os que trafegam, principalmente à noite? Muitos deles saíram dos seus cercados exatamente há minutos atrás por aberturas feitas por esses criminosos caçadores”, respondeu ele mesmo.


Pres. da Câmara (Naldinho) foi
receptivo ao tema questionado

As colocações feitas tiveram adesão imediata de dois legisladores pecuaristas, João Maria Cadó(PMDB) do Distrito de Santa Tereza e Francisco Dantas da Cunha(DEM),de Barão de Serra Branca. Também demonstrou sensibilidade e apoio ao assunto o presidente da Câmara, o vereador Erinaldo Florêncio Xavier da Costa(PTB) “Naldinho”, que agradeceu a participação do orador na Tribuna Livre e fez suas considerações: “A casa está sempre receptiva aos assuntos de interesse da população e a disposição de agendamento para discussões", disse o vereador. 

O presidente da casa complementou o assunto dizendo que o tema deveria ser discutido e questionado com outros segmentos, tais como - a educação, segurança, Ministério Público, fazendeiros e o povo em geral, conscientizando assim, a necessidade de compactuar todos as classes para que se possa definir ações efetivas de proteção e preservação da fauna na região.

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