domingo, 19 de junho de 2011

GREVE DE PROFESSORES UMA CULTURA ADAPTÁVEL AO POVO POTIGUAR

Uma realidade que se torna cultural pelas soluções encontradas. O resultado final de correções salariais como se fossem esforços desproporcionais de classes ou governos, limitando alguns, prejudicando a todos com o mesmo final esperado, justo e óbvio.
 
Ponto de Vista  – Dutra Assunção

Indiscutíveis, justas e toleráveis são as intenções dos educadores em reivindicar melhores salários. Incoerentes, já considerado uma cultura brasileira as constantes greves de professores, como se assim fosse, matéria de grade curricular com capítulos diferenciados para cada governante.

No Estado do Rio Grande do Norte um novo plano é divulgado pelas escolas públicas estaduais: greve parcial entre professores. Programação leva alunos aos colégios duas a três vezes por semana, preconizando um calendário alternativo de aulas, um paradoxo educacional onde fica claro uma queda de braço entre governo e diretrizes educacionais.

Enquanto isso, alunos da rede estadual se adaptarão ao calendário de greve implantado por muitas escolas de Natal que não paralisaram completamente as atividades, onde 50 a 60% dos profissionais aderiram à greve.

Nas escolas as mães reclamam voltando com as crianças para casa. Sem professores ou substitutos, os alunos são os prejudicados. O problema afeta a situação econômica de diversas famílias. Mães que moram em bairros mais pobres aproveitavam durante a semana e faziam algumas faxinas para complementar a receita familiar, agora é impossível, tem que ficar em casa tomando conta das crianças.

Uma realidade imposta pela formação cultural de governos que preferem a ignorância de um povo, a melhor das características para convencimento através do discurso sistemático.  A educação preterida nivela as classes operárias, o que fica mais fácil o assistencialismo como prioridade de ações de governo. Um projeto sofismado politicamente a nível federal e que serve ao populismo como solução do desenvolvimento de um país com milhões de analfabetos.

O Rio Grande do Norte registra 574 mil analfabetos, acordo IBGE com dados de 2009, o que representa 19,51% da população. Com estes números o Estado ocupa a desonrosa sexta posição no ranking federativo com maior número de pessoas com mais de cinco anos que não sabem ler e escrever do país.

Uma realidade que se torna cultural pelas soluções encontradas. O resultado final de correções salariais como se fossem esforços desproporcionais de classes ou governos, limitando alguns, prejudicando a todos com o mesmo final esperado, justo e óbvio.

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