terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

SANTANA DO MATOS EM ALERTA (HÁ MUITO TEMPO!) CONTRA A DENGUE

Uma vala/esgoto a ceu aberto corta a cidade meio a meio - Bovinos pastam durante o período de inverno - Não são animais de estimação, são destinados ao corte ou lactação -  Em harmonia urbana convivem bovinos e seres humanos,  bem juntinhos, fortalecendo o "habitat natural" do Aedes Aegypti e do visual em Glamour das praças públicas pelas viseiras santanenses. Uma realidade já divulgada em vão e que só a mão divina, não como castigo mas como um despertar poderia conscientizar a população.

DENGUE
Santana do Matos em alerta

“Temperaturas elevadas, água parada e residências fechadas completam o cenário ideal para a proliferação do mosquito”

Santana do Matos tem motivos suficientes para ficar em estado de alerta em relação à dengue. As temperaturas elevadas, o grande acúmulo de água parada em açudes, residências fechadas, uma vala/esgoto a céu aberto que corta a cidade de norte a sul e o início do período de chuvas são fatores preocupantes que proporcionam um habitat natural ao mosquito da dengue.

Recentemente, Santana do Matos foi enquadrada na lista de municípios com índice considerado de alerta de dengue, em pesquisa divulgada pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sesap).

Aedes Aegypti
A dengue é uma doença transmitida através do mosquito Aedes Aegypti, espécie que para se reproduzir encontra na água parada, limpa e protegida do sol o lugar ideal. Por isso a preocupação com criadouros, que podem ser encontrados em espaços muito pequenos, como uma tampinha de garrafa, por exemplo.


Na periferia da cidade, dois grandes açudes represam água muito próximo a áreas urbanas, um deles chega aos fundos dos quintais. Se não houver tratamento e inspeção regular de pequenos depósitos nesses locais, representam um perigo à população. Além disso, muitos imóveis cujos proprietários moram fora da cidade ficam fechados durante boa parte do ano, impedindo a atuação dos agentes de endemias, que periodicamente visitam as residências com o objetivo de eliminar focos do mosquito transmissor.

  Chuvas fortes invadem quintais na área urbana - Foto Assis Braga
Um outro agravante é o período de chuvas, que este ano começou mais cedo. Além disso, nesta época do ano, o ciclo de vida do mosquito é muito curto: Em um mês são duas ou mais novas gerações dos insetos. Considerando o tempo que os agentes levam para visitar todas as casas, fica comprometida a eficácia do trabalho.

 Em detrimento de tudo isso, o combate à dengue parece não ser prioridade a nível de estado e município. Seriam necessárias ações bem mais constantes e específicas, tanto de prevenção, no investimento em educação, quanto de combate, com a presença mais ativa dos agentes na caça ao mosquito transmissor.

Vale ressaltar o trabalho desenvolvido pelas Secretarias de Saúde, Educação e Assistência Social e outras instituições tentando conscientizar a população sobre o problema. Mas, mais importante que aquele momento de mobilização será a dedicação dos profissionais das áreas envolvidas que atuarão no dia a dia em suas atividades profissionais, acrescento aqui uma saculejada nos valores e brio do povo santanense para que tomem uma iniciativa de grupo e decisão. 
Mobilização das secretarias de educação, saude e assistência social reunindo diretores de escolas, professores, agentes de saude e voluntários que foram as praças e ruas catar o lixo reciclável, sinalizou uma predisposição administrativa que motiva a população. No entanto, esses atos isolados não significam a solução do problema. Políticas públicas e vontade política são necessárias para encarar a situação.
  
Para que tenhamos sucesso é necessário à conscientização geral da população. Cada um tem que cuidar do seu espaço, não permitindo no quintal de casa materiais que servem de acúmulo de água parada. Essa preocupação é mais que uma questão de colaboração. É um dever e uma obrigação do morador cuidar do seu imóvel. É um estado de espírito. É uma bandeira a ser empunhada com firmeza e determinação.

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