quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

AUTORIZADA PERMANÊNCIA DO EXÉRCITO NO COMPLEXO DO ALEMÃO PELO PRESIDENTE LULA


Lula autoriza permanência do Exército no Rio 

Dois mil homens seriam necessários para atuar como uma força pacificadora no complexo do Alemão
Foto: AE
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou autorização para a permanência das Forças Armadas no Rio de Janeiro, em atendimento ao pedido do governador Sérgio Cabral. O texto do presidente não explicita por quanto tempo o Exército permanecerá atuando como uma força pacificadora no Complexo do Alemão e na Penha. Apesar disso, o prazo poderá se estender até outubro do ano que vem, como foi pedido por Cabral. Pelo menos dois mil homens serão destacados para executar a missão. A autorização presidencial será publicada no Diário Oficial da União amanhã.

Nos encontros que manterá com Cabral, Lula irá acertar que a permanência do Exército nos morros tem de ser feita acompanhada de investimentos verdadeiros, assegurando a presença do Estado na região. Lula foi alertado que, a simples entrada do Exército para garantir a segurança do local, precisa ser acompanhada de pesados investimentos em vários segmentos na área, para que a população sinta as melhorias reais e definitivas para vida dela, sob o risco do apoio que a comunidade está dando se transforme em revolta e duras críticas.

Após a autorização de Lula será editada uma instrução normativa pelo Ministério da Defesa, definindo a diretriz de atuação do Exército na área. Nesta diretriz da Defesa que está sendo cuidadosamente trabalhada, estarão especificadas as missões e locais de atuação, com base na Garantia da Lei e da Ordem (GLO).

O número de militares envolvidos neste tipo de operação deve ser de dois mil homens, podendo chegar a 2,2 mil. Mas os militares insistem que é preciso haver revezamento de pessoal, para evitar desgaste e contaminação da tropa. Esse revezamento poderá ser realizado a cada mês ou dois meses.

A preocupação dos militares é que, até agora, tudo está dando certo, o noticiário ainda é favor aqui e no exterior, mas, os problemas já começam a surgir com a Polícia Militar do Rio. Lembram que, na hora que o primeiro soldado do Exército, por alguma infelicidade, der um tiro errado, ele será execrado, todos questionarão a execução da missão e o clamor popular pela permanência do Exército nas ruas rapidamente se transformará em cobranças e críticas. Para tentar evitar maiores problemas é que o Exército pediu o acompanhamento diuturno do Ministério Público Militar nas suas ações, para que tenha respaldo para a missão que está executando.

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