sexta-feira, 10 de setembro de 2010

A FALTA DE DOCENTES É RECONHECIDA PELO PODER PÚBLICO

Temos bons professores

Está no ensino médio uma das principais deficiências da educação no Brasil. O rápido crescimento do acesso ao ensino fundamental nos anos 90, redundou na presença de quase todas as crianças entre 7 e 14 anos nos bancos escolares, o que não foi seguido na última década por igual ampliação da etapa secundária.

Ao contrário, desde 2001 pouco mudou a parcela de jovens entre 15 e 17 anos fora da escola, permanecendo próxima dos 20%. E a taxa de desistência tem piorado. Cresceu de 15,8%, em 2003, para 18,7%, em 2008, segundo estudo da Fundação Getulio Vargas.

Ao mesmo tempo, constata-se um aumento preocupante no número de docentes que acumulam disciplinas no ensino médio. Há três anos, 7% dos professores lecionavam três ou mais matérias simultaneamente. Em 2009, eles representaram 21,5% do magistério.

A falta de docentes é reconhecida pelo poder público, sobretudo na área de exatas, embora dados do Ministério da Educação publicados recentemente indiquem um avanço relativo. Cresceu 84%, entre 2002 e 2009, o total de formados em licenciaturas de física, química, biologia e matemática.

Graduaram-se no ano passado quase 40 mil estudantes nessas quatro disciplinas, para as quais há um deficit de 100 mil docentes no país. Mas nada garante que os novos licenciados preencherão todas as vagas. Os melhores entre eles podem concorrer a bolsas de mestrado, superiores a R$ 1.000, em vez de ensinar na rede pública, com piso de R$ 950 mensais.

O ciclo vicioso de desinteresse no ensino médio, que afasta professores e alunos das salas de aula, precisa ser rompido. Não será possível fazê-lo sem elevar o nível salarial dos docentes, para atrair bons profissionais. É necessário, além disso, treiná-los melhor, oferecendo aos professores técnicas capazes de tornar as aulas mais atrativas e eficazes.

Enquanto isso não acontece, perdem os alunos e o país, cuja economia já enfrenta falta de mão de obra qualificada. Enquanto isso centenas de jovens interioranos, alfabetizados, desmotivados pela falta de doutrina ao trabalho e protegidos pelo assistencialismo se juntam acotovelados formando um contingente com novas idéias, opções e desvios de comportamentos sociais indesejáveis.

Não pode existir avanço significativo no processo Ensino X Aprendizagem em um município como Santana do Matos no Rio Grande do Norte, como exemplo, se os professores ainda não recebem salários corrigidos para renovar sua auto-estima ou mesmo ter uma qualidade de vida digna como educador.

Existe sim, uma nova geração de adolescentes, muitos da zona rural ou de classe menos favorecida, conhecedores das ferramentas disponíveis ao ensino, como exemplo os computadores instalados nas comunidades que não são utilizados por falta de pessoal classificado para as instruções básicas ou com mais agravo, alguns responsáveis guardam o equipamento em casa devido os estabelecimentos de ensino não oferecerem as mínimas condições de segurança. Enquanto isso milhões de reais são gastos em campanhas políticas com novas promessas de empenhos e soluções.

Essa é uma realidade que envergonha os educadores do país. Alguns abnegados que exercem a profissão como um sacerdócio, ainda conseguem motivar e encaminhar muitos jovens para o sucesso e suas realizações. Uma realidade que poderia ser um pouco corrigida ou amenizada por ações administrativas, dirigidas aos segmentos educacionais com políticas públicas diferenciadas e aplicadas com objetivos e determinação.

Falando em política! Eleição! 3 de Outubro! Segundo turno! Instrumento esse, discriminador - por achar “diferença mínima”, o não justificável de uma opção. Assim entende aqueles que têm uma formação prepotente, que não admite meio termo, para eles a diferença tem que ser a diferença das diferenças, como se o MAIS fosse um rolo compressor sobre o MENOS. Classificando assim a minoria não sendo capaz de aferir a desigualdade. Então vamos comprar, pensa assim os que se acham fortes por índole e formação, acham eles que a pequena maioria está equivocada e ela pode ser invertida. Temos que inverter de um jeito ou de outro, deduzem. Eis o que define o segundo turno das eleições no país. Foram eles que aprovaram “Segundo Turno” como sendo a última esperança reforçada pelos cofres da nação. O Rio Grande do Norte já viu esse filme, esqueceram? Foi tão recente, pra senador lembram agora? A diferença aumentou, mesmo com o dinheiro de um grande empresário. Não gostaria que repetisse tudo novamente, é desgastante. Por não considerar pequenas diferenças legítimas e politizadas, elas tomam corpo e num segundo turno sinalizam como um cabo eleitoral multiplicador e a diferença final aumenta naturalmente, mesmo salvo ou mal empregado o dinheiro gasto dos cofres públicos em segmentos não produtivos. Temos bons Professores!


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