domingo, 25 de janeiro de 2009

Atalhos Minados ao Caminho da Paz


Não podemos julgar ou condenar o povo de Israel ou da Palestina. Condeno sim, todas as ações sociais e econômicas que despontam os interesses, a desigualdade social, fortalecida pelo capital centralizado que financia logísticas e estratégicas ações de guerra.

Condeno ainda a omissão da mídia pela falta de empenho na difusão, mesmo que fosse apelativa, tentando o entendimento entre os povos de todo o mundo. Que todas as instituições, subsidiadas ou não que pregam a paz, convoquem a humanidade, como embaixadora, a intervir, impondo a paz, a concórdia, exercendo assim, o papel da ONU (Organização das Nações Unidas), que por omissão ou dificuldades ocultas, não desempenha suas funções a tempo.

Quem tem a força, o poder de convergir, é o responsável direto pelo caos mundial. Essa é uma lei básica da natureza, do mais forte, da preservação do sistema. Neste contexto de analogia a ONU é a responsável direta pelo conflito. Salvo a sigla que em outras línguas possam ser mal traduzidas: (onu) organização não unidas!

Igual ao preá, já enfraquecido nas caatingas de Santana do Matos, acuado entre o caçador sem mistura para o almoço e o vira lata faminto, resta a toceira de xique-xique chamuscada pela queimada. O alvo é fácil, o ato se torna menos criminoso, prevalecendo a necessidade da sobrevivência.
Que infeliz analogia, seres humanos, civis indefesos, mulheres com crianças ao colo, em correria igual aos roedores, a servir de manchetes, imagens coloridas, da dor, do desespero. Comunidade nenhuma merece o castigo da guerra política, religiosa ou de outras origens. É difícil entender os motivos de cada povo envolvidos em conflitos, é uma história, um processo que se desenvolve a décadas, a séculos. Porém é fácil, para cada indivíduo, cada nação, difundir os conceitos de Paz e responsabilizar as instituições que tem o poder, a obrigação de evitar os conflitos.

Enquanto os interesses políticos, a desigualdade social e tantas outras formas de ações dominantes, forem valores humanos, a humanidade ficará como a analogia anterior feita em plágio: a humanidade, como se fora um pequeno molusco, à deriva entre o mar e o rochedo.

Se os valores pessoais, os coletivos em cada lar, em cada grupo, em cada segmento da sociedade, em cada nação, fossem reavaliados, a Paz seria mais fácil de promovê-la e a guerra seria mais entendida como o meio que não leva aos fins desejados.

Ao falarmos de Paz, precisamos primeiro entendermos os motivos da guerra.

Um comentário:

  1. O Pior desta guerra não é a analogia do roedor, bem colocada pos sinal, mas sim a certeza que ainda vivemos sob uma conduta retrógada de relações internacionais: países armados até os dentes assassinando territórios que buscam independências.

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